Malformação dentária tem origem genética
Ter um dente maior ou menor que os outros, ou mesmo
ter menos ou mais dentes na boca pode ser herança de seus pais. A primeira
dentição de uma criança é formada ainda dentro do útero da mãe e a segunda, no
final da gestação e nos primeiros anos de vida. Os dentes pré-molares (aqueles
que ficam ao lado dos caninos, nas laterais), entre os 4 e 7 anos de idade. É
possível identificar as malformações dentárias desde que a criança é bem
pequena.
Segundo especialistas as malformações dentárias, como
micro e macrodontia, hipodontia e dentes supranumerários são causadas por
fatores genéticos, mas também por fatores locais, como a ingestão de
medicamentos antibióticos durante a gravidez. É o caso da tetraciclina, que
atualmente existe no mercado, mas não é mais prescrita para futuras mamães.
Quando o dentinho da criança é menor do que o
restante, ela tem microdentia. Além de fatores genéticos, pode ocorrer por uma
tentativa do dente de se dividir em dois aleatoriamente. Os motivos de isso
ocorrer ainda não são conhecidos e comprovados, mas uma das teorias é que a
causa seria um traumatismo. O diagnóstico é feito quando o dente nasce ou até
antes, através de radiografias. Pode ser apenas um dente menor ou o mesmo dente
dos dois lados da boca, como os dois caninos, por exemplo. “Não é comum que
apareça em vários dentes, é um problema mais localizado”, afirma a professora.
O tratamento é normalmente estético, a fim de aumentar o dentinho. Se a criança
não tem esse problema na primeira dentição, não quer dizer que não possa
desenvolver na segunda.
A macrodontia é o oposto, quando o dente nasce maior
que o normal. É um problema genético mais complicado do que a micro, porque
para diminuí-lo, provavelmente seja preciso também fazer um tratamento de
canal. Mas não se desespere se seu filho tem dentes maiores, o problema tem
solução. Após o canal, é feita a redução da polpa do dente. Para saber se o
tamanho do dente configura a macrodontia, é só olhar para ele e compará-lo com
os outros, pois a desproporção é grande e vista facilmente. Tanto a micro
quanto a macrodontia não são comuns na primeira dentição.
Mais
ou menos dentes que o padrão
Outras alterações, também genéticas, são a hipodontia
ou os dentes supranumerários, os últimos sendo comuns entre 2 a 3% da população
mundial. No primeiro problema, nascem menos dentes do que o padrão (na primeira
dentição, 20 dentes, na segunda, 32 contando os quatro sisos). Se forem muitos
dentes faltantes, os dentistas chamarão o problema de agenesia. Mais comum em
meninas, é tratada com próteses espaciais removíveis ou mantenedores de espaço,
até que a criança pare de crescer (em meninas, é em torno dos 18 anos, e em
meninos, entre 20 e 21). Após essas idades, é possível realizar os implantes
necessários. O diagnóstico também é feito com visitas periódicas ao dentista,
que com radiografias pode identificar o problema a partir dos três anos do bebê
- antes disso fica mais difícil, pois a criança não para suficientemente quieta
para a realização do raio X.
Já os dentes supranumerários são aqueles que nascem a
mais do que a dentição padrão e são mais comuns nos meninos. O dente extra pode
nascer em qualquer idade e pode ser extraído para solucionar o problema.
Depois, é feito um alinhamento do restante, com o uso de aparelho dentário, se
necessário. “Todos esses problemas têm origem genética. O melhor é ter um
acompanhamento profissional adequado. Principalmente se houver casos
semelhantes na família”, alerta a professora.
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