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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Malformação dentária tem origem genética


Malformação dentária tem origem genética
Ter um dente maior ou menor que os outros, ou mesmo ter menos ou mais dentes na boca pode ser herança de seus pais. A primeira dentição de uma criança é formada ainda dentro do útero da mãe e a segunda, no final da gestação e nos primeiros anos de vida. Os dentes pré-molares (aqueles que ficam ao lado dos caninos, nas laterais), entre os 4 e 7 anos de idade. É possível identificar as malformações dentárias desde que a criança é bem pequena.
Segundo especialistas as malformações dentárias, como micro e macrodontia, hipodontia e dentes supranumerários são causadas por fatores genéticos, mas também por fatores locais, como a ingestão de medicamentos antibióticos durante a gravidez. É o caso da tetraciclina, que atualmente existe no mercado, mas não é mais prescrita para futuras mamães.
Quando o dentinho da criança é menor do que o restante, ela tem microdentia. Além de fatores genéticos, pode ocorrer por uma tentativa do dente de se dividir em dois aleatoriamente. Os motivos de isso ocorrer ainda não são conhecidos e comprovados, mas uma das teorias é que a causa seria um traumatismo. O diagnóstico é feito quando o dente nasce ou até antes, através de radiografias. Pode ser apenas um dente menor ou o mesmo dente dos dois lados da boca, como os dois caninos, por exemplo. “Não é comum que apareça em vários dentes, é um problema mais localizado”, afirma a professora. O tratamento é normalmente estético, a fim de aumentar o dentinho. Se a criança não tem esse problema na primeira dentição, não quer dizer que não possa desenvolver na segunda.
A macrodontia é o oposto, quando o dente nasce maior que o normal. É um problema genético mais complicado do que a micro, porque para diminuí-lo, provavelmente seja preciso também fazer um tratamento de canal. Mas não se desespere se seu filho tem dentes maiores, o problema tem solução. Após o canal, é feita a redução da polpa do dente. Para saber se o tamanho do dente configura a macrodontia, é só olhar para ele e compará-lo com os outros, pois a desproporção é grande e vista facilmente. Tanto a micro quanto a macrodontia não são comuns na primeira dentição.
Mais ou menos dentes que o padrão
Outras alterações, também genéticas, são a hipodontia ou os dentes supranumerários, os últimos sendo comuns entre 2 a 3% da população mundial. No primeiro problema, nascem menos dentes do que o padrão (na primeira dentição, 20 dentes, na segunda, 32 contando os quatro sisos). Se forem muitos dentes faltantes, os dentistas chamarão o problema de agenesia. Mais comum em meninas, é tratada com próteses espaciais removíveis ou mantenedores de espaço, até que a criança pare de crescer (em meninas, é em torno dos 18 anos, e em meninos, entre 20 e 21). Após essas idades, é possível realizar os implantes necessários. O diagnóstico também é feito com visitas periódicas ao dentista, que com radiografias pode identificar o problema a partir dos três anos do bebê - antes disso fica mais difícil, pois a criança não para suficientemente quieta para a realização do raio X.

Já os dentes supranumerários são aqueles que nascem a mais do que a dentição padrão e são mais comuns nos meninos. O dente extra pode nascer em qualquer idade e pode ser extraído para solucionar o problema. Depois, é feito um alinhamento do restante, com o uso de aparelho dentário, se necessário. “Todos esses problemas têm origem genética. O melhor é ter um acompanhamento profissional adequado. Principalmente se houver casos semelhantes na família”, alerta a professora. 

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