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quarta-feira, 23 de março de 2016

Doenças periodontais

A Periodontite está relacionada aos tecidos de sustentação do dente (osso). Essas doenças têm subclassificações de acordo com o risco da doença, potencial bacteriano, idade, fatores de risco como doenças sistêmicas (diabetes), e fatores extrínsecos como tabagismo.
 As doenças periodontais podem ter um pequeno caráter inflamatório de gengiva, bem como levar a perda do elemento dental, se essa atingir os tecidos de sustentação dos dentes.
 A principal causa das doenças gengivais é a formação e acúmulo de Placa Bacteriana. Defini-se placa bacteriana como um conglomerado de depósitos orgânicos e inorgânicos nas superfícies de dentais, língua, restaurações e próteses (acúmulos moles de bactérias e células epiteliais, polissacarídeos, proteínas, lipídios, fósforo, flúor, potássio, cálcio, entre outros).
A fonte desses depósitos da placa é principalmente a saliva e à medida que o conteúdo mineral da placa aumenta, a massa torna-se calcificada (principalmente pela ação do cálcio), formando dessa maneira o cálculo, conhecido popularmente como TÁRTARO.
O desequilíbrio biológico entre as ações da placa bacteriana e o sistema de defesa do organismo do hospedeiro gera então as doenças periodontais. Os principais sintomas do hospedeiro são os sinais clínicos de inflamação na gengiva, com, vermelhidão, inchaço, dor e sangramento. Embora os sinais clínicos sejam visíveis até ao hospedeiro pode-se dizer que a doença periodontal e silenciosa fazendo com que o paciente procure ajuda do profissional especializado muitas vezes tardiamente.
 O tratamento das doenças periodontais, encontram-se nas técnicas de remoção da placa bacteriana e cálculo, que podem estar supragengivais ou subgengivais. A principal consulta periodontal é quando o profissional passa ao paciente as técnicas de remoção das placas bacterianas por meio da higienização e fisioterapia oral/dental diária com escova de dente e fio dental. As técnicas que cabem ao profissional são de  raspagem  e  polimento das superfícies dos dentes língua, restaurações e próteses por meio de instrumentais ultrasônicos e/ou curetas manuais.
 Ainda de acordo com a classificação, tratamento e prognóstico das doenças periodontais podem ser associadas técnicas terapêuticas de controle químico, como o uso de colutórios (bochechos), bem como terapias antibacterianas com medicações sistêmicas (uso de antibióticos). Depois de uma série de terapias conservadoras, o profissional ainda pode usar técnicas cirúrgicas para melhorar a remoção da placa bacteriana e cálculo, principalmente aqueles que se encontram subgengivais (embaixo da gengiva).
 O tratamento periodontal não termina com essas terapias, pois as doenças periodontais são consideradas transitórias, sítio localizadas e incuráveis. Existem alguns autores que usam o termo de cura controlada, justificando dessa forma que o tratamento não termina e necessita de um controle rigoroso tanto profissional quanto diário nas técnicas de higiene do paciente. Esse controle profissional é definido de acordo com a classificação e prognóstico da doença, bem como a reeducação de higiene oral do paciente. O controle ou retorno do paciente ao profissional pode ser de 3 e 6 meses de intervalo entre as consultas.

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